Minas Gerais continua a se destacar como um dos principais polos de energia solar no Brasil, consolidando sua posição de liderança em 2025. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o estado alcançou a marca de 11,57 gigawatts (GW) de potência fiscalizada em energia solar fotovoltaica até janeiro de 2025, superando a capacidade da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (11,2 GW) (Fonte: Absolar). Esse número reflete um crescimento significativo, impulsionado tanto pela geração centralizada quanto pela distribuída.
Em termos de geração centralizada, Minas Gerais lidera o ranking nacional com 7,19 GW, o que representa cerca de 41% da produção solar centralizada do país (Fonte: Agência Minas Gerais). Já na geração distribuída – que inclui sistemas instalados em residências, comércios e pequenas indústrias –, o estado soma 4,6 GW, ocupando a segunda posição nacional (Fonte: Absolar). Desde 2019, quando o Projeto Sol de Minas foi implementado pelo governo estadual, a potência instalada saltou de 518,55 MW para os atuais 11,57 GW, um aumento de mais de 2.000% em seis anos (Fonte: Ministério de Minas e Energia).
Esse crescimento é atribuído a fatores como incentivos fiscais, como a isenção de ICMS para sistemas de até 5 MW (mantida até 2032), e a simplificação do licenciamento ambiental para empreendimentos solares (Fonte: Agência Minas Gerais). Além disso, o estado conta com condições geográficas favoráveis, como alta irradiação solar e vastas áreas planas, especialmente no Norte de Minas, que atraem investimentos privados. Em 2024, foram anunciados R$ 80,6 bilhões em investimentos no setor solar nos últimos cinco anos, com previsão de mais R$ 8,8 bilhões até 2030, segundo o Ministério de Minas e Energia (Fonte: Ministério de Minas e Energia).
Um exemplo recente é a parceria entre a Auren Energia e a Minasligas, anunciada em março de 2025, que resultou na construção de um novo parque solar no estado, com capacidade estimada em centenas de megawatts (Fonte: Diário do Comércio). Outro destaque é o Complexo Solar Vista Alegre, em Janaúba, inaugurado no final de 2024, com 902 MWp, sendo a segunda maior usina solar do Brasil (Fonte: Absolar).
Apesar do sucesso, desafios persistem. A rede de transmissão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) enfrenta gargalos devido à inversão de fluxo de potência, o que tem levado à negativa de conexão para novos projetos em algumas áreas. A Absolar e a Frente Mineira de Geração Distribuída estimam que cerca de 1,2 mil empresas do setor fecharam as portas desde 2023 por essas restrições, resultando na perda de mais de 12 mil empregos (Fonte: Absolar). Em resposta, a Cemig afirma estar investindo em expansão da infraestrutura, com 8 GW de energia solar já conectados à rede até o início de 2025 (Fonte: Diário do Comércio).
Com 100% de seus 853 municípios equipados com ao menos uma unidade de geração solar, Minas Gerais segue como referência na transição energética, gerando empregos, reduzindo custos de energia para a população e contribuindo para a descarbonização da matriz elétrica brasileira (Fonte: Agência Minas Gerais).